Um dia comum no mundo da propaganda. Campanhas criadas, mapas de mídia sendo veiculados, contas de clientes rotacionando, comum em qualquer mercado de livre concorrência. Neste mundo supostamente perfeito, mesmo que distante para muitos profissionais são as grandes agencias que detém o poder de investimento dos filés do mercado e tem o potencial para mudar o rumo das coisas. Fim do dia, nada além do comum, principalmente nas pequenas agências que suaram mais um dia para oferecer o seu principal diferencial, o trabalho e a garantia do retorno para o cliente.Mais um dia começa, mas esse tem um que de diferente. E um daqueles dias que tem algo de estranho, talvez seja por ter levantado com o pé esquerdo, mas não, na verdade a diferença esta em outro detalhe. Hoje a agência que tem os clientões resolveu que não lancará tendências, nem vai satisfazer o cliente e muito menos excederá as suas expectativas. Hoje simplesmente vai plagiar a idéia de um concorrente, economizar algumas horas de serviço e usar uma idéia pronta que foi oferecida ao cliente, o qual pediu o serviço e agora está satisfeito com o banquete que foi servido, principalmente por acreditar na 'boca livre'. Afinal, o que de mal teria nisso, a outra agência fez no risco, não está contando com o dinheiro e talvez se as peças forem adaptadas, nem vai perceber que a idéia é dela.
Mero engano, todos perceberam. A equipe da agência que foi traída e o cliente que ficou satisfeito por ter duas agências no job da liquidação, no final das contas quanto mais calçados para percorrer o caminho melhor. E a agência copiadora, aquela que se menosprezou e só concordou em fazer o errado.
É verdade. Se estivéssemos nesse mundo de fantasias e promessas não cumpridas talvez a única coisa que poderíamos fazer seria sentar e ver o barco passar. Talvez lá a corda sempre arrebente no lado mais fraco e fique por isso mesmo. Mas não para nós que vivemos na realidade, damos duro todo dia, suamos para conquistar o cliente e mais ainda para mantê-lo. Porque propaganda de verdade se cria e não se copia. Quem se reduz a cópia são aqueles que se limitam e pior ainda, limitam o cliente, pela falta de visão e profissionalismo. Mas aqui como no mundo de fantasia o barco anda e como todos sabemos um dia é da caça e outro do caçador.
