Pesquisa realizada pela Predicta e a Multifocus analisou o comportamento da mulher de baixa renda na Internet
Você fica curioso em saber como a mulher se relaciona com a Internet? Pensando nisso a Predicta e a Multifocus realizaram a pesquisa Etnografia Digital (método de pesquisa que monitora o público a ser pesquisado em tempo integral), com objetivo de analisar o comportamento da mulher de baixa renda na Internet e fora dela. A pesquisa foi realizada durante 11 dias corridos (16 a 27 de dezembro de 2009), com 50 donas-de-casa com Internet em domicílio, de 25 a 49 anos, residentes em São Paulo e com renda familiar de até 10 salários mínimos, ou seja, nível sócio-econômico C.
Quem é e o que faz na Internet a mulher dona-de-casa da classe C, de 25 a 49 anos?
- 40% passam mais de duas horas por dia conectadas;
- 83% se conectam todos os dias;
- 86% participam de alguma rede social;
- 23% já criaram ao menos uma comunidade;
- 33% consideram a Internet um passatempo melhor do que a televisão;
- 78% se sentem mais globalizadas na Web;
- 15% chegam a se sentir mais inteligentes;
- 26% declaram se sentir totalmente seguras em fazer compras online.
Qual são os hábitos de navegação e como eles repercutem nas atitudes e comportamentos das donas-de-casa internautas de classe C?
- Os registros de navegação apontaram para uma grande atividade desse público na Web: em 11 dias foram registrados 94.250 acessos em 2.700 URLs diferentes;
- Considerando o tipo de sites acessados, 44% da navegação foram em páginas de relacionamento; 38% em sites de informação; 10% em entretenimento; 6% em e-commerce e 2% em serviços.
Outros resultados
Analisando as URLs acessadas percebe-se que, em sites de relacionamento, as redes sociais respondem por 94% dos acessos, sendo o Orkut o mais visitado. O acesso a chats foi significativamente menor, com somente 5%, e os blogs registraram 1%.
Outro dado interessante é que nos sites de busca de informação, apenas 34% dos acessos são para enviar ou receber e-mail, o que mostra a força dos contatos imediatos presentes nas redes sociais. Apenas 10% da procura por informações foram em portais, jornais e revistas, enquanto que "buscadores" foram responsáveis por 56% das visitas.
Já os acessos a serviços são mais distribuídos: Internet Banking foi responsável por 23% das visitas em portais de prestação de serviços, mas perdeu para a busca por emprego, que respondeu por 54% das URLs nessa categoria. O governo vem fazendo um bom trabalho, com 19% do total de navegação em sites de serviços na Web.
Para empresas e anunciantes cuidado com elas: 63% buscam informações sobre os produtos nos sites das empresas e 12% registraram participação em fóruns ou comunidades a favor ou contra uma marca.
Fonte: Portal Próxxima.